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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MAIS ESTUDANTES NEGROS NA UNIVERSIDADE

Estudo feito no país também mostrou que o ingresso de alunos de escola pública cresceu

03/08/2011 - 21h56 - Atualizado em 03/08/2011 - 21h56
A Gazeta
foto: Fábio Vicentini
Gelson Júnior Bonatti Berger, 20, estudante, entrevistado sobre o perfil do estudante- Editoria: Cidades - Foto: Fábio Vicentini




Auxílio
Gelson veio de Colatina para estudar na Capital. Para ajudar nas despesas, ele recebe da faculdade R$ 250 de auxílio moradia e R$ 50 de bolsa-permanência
Brunelli Duartebduarte@redegazeta.com.br

As políticas voltadas para a inclusão de jovens nas universidades começam a dar resultado no país, mesmo que ainda de forma tímida. Nas universidades federais, a proporção de pretos e pardos subiu de 34,2%, em 2003, para 40,8%, em 2010, de acordo com um levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Além disso, 8,7% dos estudantes são especificamente da raça negra. Em 2004, esse índice era de 5,9%. Também aumentou o número de estudantes vindos de escolas públicas.

No ano passado, 50,39% dos estudantes tinham feito o ensino médio - unicamente ou a maioria dele - em estabelecimentos públicos, contra 45,04%, em 1996. O dado desmitifica o paradigma de que grande parte dos estudantes é proveniente da rede particular de ensino.

O estudo teve como base 22 mil alunos de cursos presenciais de graduação. Em relação à classe social, 44,3% dos alunos se enquadram nas classes C, D e E. Se forem considerados os estudantes com renda familiar até cinco salários mínimos, o percentual nesse grupo chega a 67%.

UfesApesar de ser nacional, os números do estudo também refletem a realidade do Estado. Na Ufes, 44,1% dos aprovados no último vestibular são pardos e pretos, de acordo com dados da Comissão Coordenadora do Vestibular (CCV).

Os estudantes que cursaram o ensino médio em instituição pública somam 46,7% dos que ingressaram na universidade. Esse é o caso de Gelson Júnior Bonatti Schimith Berger, 20 anos, que cursa Engenharia de Produção na Ufes.

Berger conta que, assim como ele, a maioria dos colegas de curso é branca. "Acho que tem aumentado o número de negros. Mas ainda há uma grande disparidade".

Balanço

No país

44% dos estudantes pertencem às classes C, D e E

53,5% dos estudantes das universidades federais são mulheres

Os estudantes de cor/raça branca são maioria, 54% contra 59% em 2004. O percentual de alunos de cor/raça preta aumentou de 5,9% em 2004 para 8,7% em 2010

No país
53,9% dos aprovados no último vestibular são do sexo feminino

57,9% possui renda mensal familiar abaixo de 5 salários mínimos

70% são provenientes da região da Grande Vitória

Fontes: Andifes e CCV Ufes

domingo, 31 de julho de 2011

INTERFACE DA EDUCAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA


    Introdução


        Quantas vezes nós politizados ou mais facilmente politizados, falamos que a      educação privada é de melhor qualidade que a oferecida pùblicamente (obrigatória e gratuita pelo menos até o ensino médio) . E quantas outras vezes ouvimos alguém da mesma forma referir-se e nos calamos (entramos no “senso comum”), E tantas outras mais, mesmo que servidores públicos da educação, matriculamos os/as nossos/as filhos/as na escola particular (privada), ou os/as transferimos da escola pública para a privada. È verdade esta afirmação?
        È justamente este o objetivo, confrontar esta afirmação com a sua negação partindo da relação (interface) da educação público-privada .


      Organização da Educação no Brasil, a partir dos anos 60 do século XX

          História

                 a) Do primário e ginásio – atual ensino fundamental -

        Preferi falar da organização da educação no Brasil, tomando-se Cachoeiro como exemplo e a partir do momento em que tive acesso a ela, 1965. Naquela época o que hoje denominamos de Ensino (educação) fundamental dividia-se em dois períodos : o primário, compreendido de 1º (primeiro) ao 5º (quinto) ano ou série. E complementando o ciclo, surgia o ginásio, de 1ª (primeira) à 4ª (quarta) série. Não me recordo de escolas particulares em Cachoeiro para o primeiro ciclo - de 1ª/º (primeira/o série ou ano) à/ao (5ª/º série ou ano). Para o Ginásio lembro-me da existência das privadas (particulares): o colégio –era este o termo usado para referir-se ás escolas em quaisquer ciclos, inclusive o hoje denominado médio, que há época se constituíam de científico ou normal, formado de 1º (primeiro) ao 3º(terceiro) ano - “ Ateneu Cachoeirense” mantido pela igreja Presbiteriana; a “Jesus Cristo Rei” , que só estudavam meninas, e o “Colégio dos Padres”, estas duas “mantidas” pela igreja Católica..
        È digno de registro o fato de que o acesso do 1º(primeiro) ciclo para o 2º(segundo)- do primário para o ginásio- em virtude de haver um grande número de colégios primários públicos e pouquíssimos de ginásio, os/as alunos/as eram obrigados a prestar um exame de seleção, denominado prova de admissão –similar ao vestibular que hoje possuímos- objetivando o ingresso na escola pública para continuidade de sua educação. Os/As não aprovados na admissão caso pretendessem continuar os estudos e possuíssem recursos financeiros eram matriculados por seus/suas responsáveis em uma escola privada
       Este formato (organização) educacional, salvo engano, perdurou até 1971/1972
      A partir de 1972/1973 alterou-se a constituição de primário e ginásio que ao invés dos antigos nove anos, passaram a ter a duração de 8 anos. Nesta época surgem os polivalentes com a novidade de ser semi-profissionalizante de técnicas agrícolas, comerciais etc...
      È bom que se diga que esta novidade trazida pelos polivalentes, incluídos a partir da 5ª (quinta) série, para aqueles/as pessoas que como eu houveram feito o primário- 1ª/º (primeira/o) a (5ª/º quinta/o)  no colégio “Quintiliano de Azevedo”, localizado no Bairro Santo Antônio, não pode ser visto como novidade pois a referida entre os anos de 1966 a 1969 participei do Pavilhão de oficinas e artes industriais , cujo objetivo era o desenvolver em nós crianças trabalhos manuais de tricô, madeira, piaçava, argila.
     Nos dias atuais este primário e ginásio, agora ensino fundamental continua a ter dois ciclos, porém voltou como nos anos 60 a serem nove anos , com a diferença que àquela época as crianças iniciavam o 1º ano com 7 sete anos ou desde que completaria naquele ano, e agora o ensino fundamental tem início com 6(seis) anos

              a.1- do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI-

        No final dos anos 70, surge em nível escolar de 1º grau, esta era a nomenclatura que referiam-se à educação que hoje conhecemos como ensino fundamental, em seu 2º ciclo a escola profissionalizante para a indústria, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial mantida aparentemente gratuita pelas indústrias. È bom que se esclareça quando refiro-me que aparentava ser mantida  de forma  gratuita pela Indústria, pois cada empresa recolhia um percentual sobre a sua folha de pagamentos , recolhido para a Previdência social, supostamente para manutenção desta entidade.
         Aqui, em meu entendimento, tem início a interface público-privada, pois deveriam os adolescentes entre 14/16 anos serem profissionalizados para atender a iniciativa privada o que até então só acontecia em cursos técnicos médio, ou seja quando os jovens possuíam acima de 16 anos.

  
  
            b) do Científico , do Normal, e  do técnico contábil
  
        O atual ensino médio, àquela época, 1965 a 1975, composto de três anos era composto dos cursos científico, preparatório para os mais variados vestibulares que levariam aos cursos de engenharia, medicina e até medicina era oferecido em Cacaueiro pela escola Pública , Colégio Estadual “ Muniz Freire” o “LICEU”; o “normal” que oferecia á graduação a professores/as, cujas turmas eram compostas (freqüentadas) em mais de 95% (noventa e cinco por cento) por jovens meninas ou até mesmo senhoras oferecida pùblicamente pelo “Liceu” e particularmente pelo “Ateneu Cachoeirense” e pelo “Cristo Rei”, o curso técnico em contabilidade oferecido pùblicamente pela Escola “Aristeu Portugal Neves” e particularmente pela Escola de Comércio , voltada para a formação técnica para trabalhos comerciários.
        Neste período ainda criou-se a escola pública de formato híbrido (científico-técnica em laboratório).


        c) do ensino superior  

         Em nível superior os cursos  para os moradores de Cachoeiro de Itapemirim eram oferecidos de forma particular: Direito cujo mantenedora era uma autarquia municipal, administração e ciências contábeis, cujo percentuais masculino superava a 90 % (noventa por cento). Para as meninas e ou Senhoras criou-se a Faculdade de Filosofia “Madre Gertrudes de São José” ligada à igreja católica no mesmo espaço de funcionamento do Colégio “Jesus Cristo Rei “


      Uma escola de educação infantil público-privada.

           Escola de educação infantil nos idos de 1960 tanto pública assim como privada não me lembro da existência, exceto uma pública o “Jardim de Infância de Cachoeiro de Itapemirim, localizada na Rua Rui Barbosa, Cetro, no mesmo local onde hoje se localiza o “CIAC”, escola particular de atendimento à educação fundamental.
          Não se sabe como, ou melhor o proprietário da escola é o ex-Prefeito de Cachoeiro, ex-deputado estadual , José Tasso de Andade e filho de ex-Prefeito , Raimundo de Andrade.
           O que se tem conhecimento- jamais vi estes documentos- é que segundo terceiros a referida escola permanece até os dias atuais recebendo os livros e outros materiais disponibilizados pelo Ministério da Educação e “cultura”-MEC -, portanto pelo visto, ao mesmo tempo em que a escola cobra religiosamente as mensalidades de seus/suas alunos/as. Ainda ,segundo informações, tramita na vara federal ação apropriada  de destituição de posse da família Andrade sob a escola.
           Privada, e ou pública, mas a partir de sua cobrança e  sua localização  no centro da cidade a escola – buscarei números mais exatos possíveis- a olhos nus posso confirmar que o número de negros/as é mínimo, assim como aparentemente a defasagem e evasão, temática de nosso grupo, é mínima, exceto talvez pela falta transitória de recursos dos responsáveis que os/as matricula em escolas públicas.
            Quando nos propusemos a obter os números da evasão/defasagem de alunos/as de escola privada já havíamos decidido por esta escola pelo antagonismo que ela se nos apresenta à escola Municipal “Julieta Deps Tallon”, escolhida pelo nosso grupo para desenvolvimento de nosso trabalho.


   

  INTERFACE PÚBLICO-PRIVADA NA EDUCAÇÃO

              Retornando a nossa proposta, de dissertar acerca da relação (interface) Público-privada na educação, precisamos observar o surgimento a partir dos anos 90 do século findo quando a ideologia do Capitalismo (neoliberalismo) passou a atuar de forma mais incisiva sobre a educação “nicho” para desenvolver os seus propósitos – auferir ganhos-Obviamente que tudo isto foi facilitado pela inoperância de nossos governantes em especial do poder executivo, que no fundo também comungavam com esta mesma ideologia – ver como exemplo o que mencionamos acima, no item “uma escola de educação infantil público-privada”-, somando-se a nossa desmobilização individual e coletiva, exigindo melhoria de qualidade na educação pública. Crescem de forma avassaladora em Cachoeiro o número de escolas privadas , desde a educação infantil, passando pela fundamental e média e atingindo atualmente a educação superior.
               Com a escola fundamental e média pública sem oferecer condições de ensino adequados para o adolescente e jovem com menor poder aquisitivo,onde por sinal estudam acima de 90% (noventa por cento) dos/as negros/as, aspirarem cursos superiores em universidades públicas, que sabe-se tem curso superior de melhor qualidade, àqueles/as que durante todo o período escolar antecedentes à universidade reuniam(unem) maiores condições financeiras ,o acesso a esta.
                Situação semelhante vem ocorrendo com os institutos Federais de educação, como o nosso IFES, (também público(s) que em seus oferecimentos de cursos técnicos e ou tecnológicos têm sido aprovados em sua grande maioria – precisaremos comprovar- alunos/as oriundos de escolas privadas (particulares), por conseguinte os/as negros/as excluídos/as.
               Há de se refletir ainda que estes adolescentes e, ou jovens, mesmo os poucos oriundos da escola pública que ingressam em cursos técnicos o fazem conduzidos pela cultura –ideologia política- do capital   


            Conclusão

                 Como se vê, deixar-se conduzir (comungar com o “senso comum”) de que a escola pública é de inferior qualidade às privadas, é no mínimo, fazer leitura pela metade. Pior ainda é desviar o foco da luta dos movimentos negros, movimentos de direitos humanos e outros movimentos sociais que buscam a “equidade” com ações afirmativas. È Por fim adequar-se ao que pretende o ideário do capitalismo, tudo em função do mercado, a cultura do individualismo e do consumismo sem a sustentabilidade necessária.
                   A luta pelas cotas raciais no ensino superior, e/ou técnico público, é acima de tudo oferecer oportunidades àqueles/as que historicamente foram (são) discriminados, e é o mínimo que os politizados ou mais politicamente politizados e com senso de justiça podemos fazer.    
                    Público e privado muitas vezes são misturados, infelizmente sempre em benefício dos que não defendem o público, muito contrário buscam subtrair dele em favor do privado ( para si ou  para os que compõem o seu grupo).  



Casos do Cotidiano
                
                     Como já disse em outras ocasiões o fato de ser do movimento negro e defendermos a luta contra o racismo/ pela promoção da igualdade racial, estou às vezes diante de estudantes de escolas públicas – nunca estive em escola particular para falar acerca do tema-, quando a turma que falo é do 8º (oitavo) ou 9º (nono) ano do ensino fundamental ou do ensino médio, após expressar e abrir para debate, percebo que a temática que mais os chama a atenção é a possibilidade de ingressarem no mercado de trabalho, e eu busco fazê-los entender que com as “cotas” visa assegurar-lhes  cursar um ensino superior antes inatingível que lhes permitirá realizar alguns desejos. Por fim busco apresentar-lhes a importância da educação enquanto formadora do cidadão.    
                  
  

NOVIDADES

IBGE divulga resultados de estudo sobre cor ou raça
O estudo “Pesquisa das Características Étnico-Raciais da População: um Estudo das Categorias de Classificação de Cor ou Raça” (PCERP) coletou informações em 2008, em uma amostra de cerca de 15 mil domicílios, no Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. Entre os resultados, destaca-se o reconhecimento, por 63,7% dos entrevistados, de que a cor ou raça influencia na vida.
Entre as situações nas quais a cor ou raça tem maior influência, o trabalho aparece em primeiro lugar, seguido pela relação com a polícia/justiça, o convívio social e a escola.
Dos entrevistados, 96% afirmam saber a própria cor ou raça. As cinco categorias de classificação do IBGE (branca, preta, parda, amarela e indígena), além dos termos “morena” e “negra”, foram utilizadas.
Entre as dimensões da própria identificação de cor ou raça, em primeiro lugar vem a “cor da pele”, com 74% de citações, seguida por “origem familiar” (62%), e “traços físicos” (54%). A íntegra do estudo está disponível em:
Influência da cor ou raça na vida é reconhecida por 63,7% dos entrevistados
Mais da metade dos entrevistados (63,7%) pela PCERP disseram que a cor ou raça influencia a vida das pessoas. Entre as unidades da federação pesquisadas, o maior percentual de resposta afirmativa foi registrado no Distrito Federal (77,0%) e o menor, no Amazonas (54,8%). As mulheres apresentam percentual maior do que os homens: 66,8% delas disseram que a cor ou raça influenciava, contra 60,2% deles. Na divisão por grupos etários, os maiores percentuais de resposta afirmativa ficaram com as pessoas de 25 a 39 anos (67,8%), seguidas pelas pessoas de 15 a 24 anos de idade (67,2%). Os dois grupos se alternam na liderança desse quesito em todos os estados, mas no Distrito Federal o destaque é do grupo de 40 a 59 anos, com 79,5%.
Trabalho é citado como a situação mais influenciada por cor ou raça
Sobre situações em que a cor ou raça influencia a vida das pessoas no Brasil, em primeiro lugar aparece “trabalho”, resposta que foi dada por 71% dos entrevistados. Em segundo lugar aparece a “relação com justiça/polícia”, citada por 68,3% dos entrevistados, seguida por “convívio social” (65%), “escola” (59,3%) e “repartições públicas” (51,3%).
O Distrito Federal se destacou com os maiores percentuais de percepção da influência da cor ou raça em quase todas as situações citadas, tais como “trabalho” (86,2%), “relação com justiça/polícia” (74,1%), “convívio social” (78,1%), “escola” (71,4%) e “repartições públicas” (68,3%). Apenas em “casamento”, a Paraíba ficou com 49,5% contra 48,1% do DF.
96% dos entrevistados afirmam saber a própria cor ou raça
Dos entrevistados, 96% afirmam que saberiam fazer sua autoclassificação no que diz respeito a cor ou raça. Ao ser indagada a cor ou raça (com resposta aberta), 65% dos entrevistados utilizaram uma das cinco categorias de classificação do IBGE: branca (49,0%), preta (1,4%), parda (13,6%), amarela (1,5%) e indígena (0,4%), além dos termos “morena” (21,7%, incluindo variantes “morena clara” e “morena escura”) e “negra” (7,8%). Entre os estados, o Amazonas se destacou com o menor percentual de respostas para cor “branca” (16,2%) e a maior proporção de uso do termo “morena” (49,2%). Já o maior percentual da resposta “negra” foi no Distrito Federal (10,9%), onde as respostas “branca” e “parda” tiveram proporções iguais (29,5%).
Comparando a classificação de cor ou raça do entrevistado feita por ele mesmo (autoclassificação) e a atribuída pelo entrevistador (heteroclassificação), observou-se um nível de consistência significativamente alto, com exceção para o caso da categoria “morena”, mais usada pelo entrevistado (21,7%) do que pelo entrevistador (9,3%). Essa discordância foi maior na Paraíba, onde 45,7% dos entrevistados se autoclassificam como “morenos”, mas o termo só foi usado pelos entrevistadores em 4,3% dos casos.
Cor da pele é dimensão mais citada para definir cor ou raça
Entre as dimensões de identificação oferecidas aos entrevistados, em relação à auto-identificação de cor ou raça, a que mais aparece é a “cor da pele”, citada por 74% dos entrevistados. Seguem “origem familiar” (62%) e “traços físicos” (54%). Já na identificação das “pessoas em geral”, a dimensão mais citada foi a “cor da pele” (82,3% dos entrevistados), seguida de “traços físicos (cabelo, boca, nariz, etc.)” (57,7%) e “origem familiar, antepassados” (47,6%).
Pesquisa abordou diversos elementos de identificação
As entrevistas foram feitas com uma pessoa de 15 anos ou mais de idade por domicílio, selecionada aleatoriamente. A pesquisa abordou a identificação do entrevistado a partir de uma pergunta aberta (autoclassificação), sondando algumas dimensões que compõem a identificação de cor ou raça para “as pessoas em geral” e para o próprio entrevistado (cultura, traços físicos, origem familiar, cor da pele etc.). Também perguntou sobre a origem familiar (africana, européia, do Oriente Médio, entre outras) e se o entrevistado se reconhecia com uma série de alternativas de identificação (afro-descendente, indígena, amarelo, negro, branco, preto e pardo), além de levantar informações sobre educação e inserção ocupacional do pai e da mãe da pessoa entrevistada. Muitas perguntas permitiram respostas múltiplas. Em paralelo à autoclassificação, o entrevistador atribuía uma cor ou raça ao entrevistado com uma pergunta aberta (heteroclassificação). Finalmente, a pesquisa abordou a percepção da influência da cor ou raça em alguns espaços da vida social.
Comunicação Social
22 de julho de 2011